#18 A múmia explica

No cais, você conseguiu ver bem o rosto de Amyr quando ele se abaixou para inspecionar o tesouro.
Mostrou-se feliz e deu um maço de notas ao Bigodudo, que aceitou e estalou os dedos.
Seus comparsas levaram os sacos para a carruagem de Amyr.
Quando achou que ninguém estava olhando, Bigodudo tirou jóias do bolso e sorriu. Como os outros voltavam para pegar mais sacos, ele as guardou de novo.
Você escondeu-se no meio da lona novamente.
Os pedreiros trouxeram outros sacos para a barca e pegaram a lona para cobrir tudo. Um deles percebeu o rasgo.
Você teve medo de ser descoberto.
Enfiou-se rapidamente num saco vazio que havia ali.
Com o balanço do bote, você dormiu novamente. Só acordou quando sentiu que estava sendo sacudido, como se o estivessem carregando.
O passeio terminou com um baque no chão duro.
Você ouviu uma porta fechar-se, uma chave girando e passos afastando-se.
Então, você colocou a cabeça para fora.
Você estava num quarto estranho, com sacos de materiais de construção e... não, não era possível! Parecia uma múmia de verdade! Sentada no chão, gemendo e aproximando-se...
Ao olhar melhor, você percebeu que não era uma múmia, mas Haldo enrolado em bandagens da cabeça aos pés.
Você foi desenrolando as tiras enquanto ele explicava.

- Elisabeth descobriu a chave para decifrar os símbolos estranhos. Eu fiz uma cópia em meu caderno. Ela encontrou minha cópia e deve ter usado clorofórmio para me fazer dormir... Acordei aqui. Ela me obrigou a datilografar um bilhete e depois os bandidos me ataram. Quando ouvi você mexer na porta, quebrei o vidro da janela para avisar que estava aqui. Pelas bandagens, vi que a cópia do código estava no chão e a empurrei por baixo da porta. Você a encontrou?

Quando Haldo ficou livre, você olhou em volta, procurando uma saída. Não havia tempo a perder.